Em 1991, enquanto estava deitado na cama do Hospital de Santiago do Cacém com uma perna imobilizada, olhava no pequeno ecrâ televisivo as noticias cujas imagens aterradoras, deixavam o meu coração destroçado ao ver tanto sofrimento humano
Durante o tempo que estive internado naquele hospital, não deixei que o desânimo tomasse conta de mim, e pensei que quando estivesse melhor poderia levantar-me, enquanto muitos outros já não tinham mais essa possibilidade devido á incuria do homem. Desta forma pensei que talvez pudesse dar um pouco de mim mesmo, para que outros tivessem um pouco mais de conforto.
A solidariedade é hoje em muitos casos, usada para projectos que ficam apenas escritos num simples papel, não passando da teoria á prática, nem de boas intenções.
Assim, em Junho de 1992, coloquei alguns bens no velhinho carro que possuia na altura, e parti rumo á grande metropole para conhecer de perto as acções levadas a cabo pela Instituição Humanitária, Assistência Médica Internacional.
Foi desta forma que após ter tomado conhecimento das acções desenvolvidas por esta instituição, decidi ser a minha vez de me juntar a um punhado de seres humanos, e sabendo que muitos poucos fazem muito, comecei a contribuir com pequenos donativos, que junto com outros tinham ajuddo a AMI, a cumprir o propósito da sua existência.
A prática da solidariedade também é feita das acções daqueles que na retaguarda, dão o seu apoio a quem vai , porque ainda que esse apoio seja pequeno, a menor acção é melhor do que a intenção
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