Ao Américo Lourenço
Tu que da
vida tens
Tão pouco e
julgas muito
Agora que
tuas mãos vazias
Te parecem
abandonar
O
infortúnio,
Dá-me um
pouco desse
Alento que
te sobra
Ensina-me a
dobrar
Os dias que
me são fartos
E a limpar o
tempo
Em que me
confundo.
Tu que o
sofrimento
A pele te
foi curtindo
E agora
dessa fresta
Te parece
sair
a luz duma
clareira
Faz da tua
mão
O sinal
firme,
Ajuda-me a
colher
O que não
presta
A vida a
encarar
Em nova
sementeira
Tu que
recordas
A criança
que não foste
Agora que a
vida
Te parece
começar
Nega essa
força quebrada
Sem o vigor
da luta
Que o teu
exemplo
Pode ajudar.
Sines,02/06/06
José
António Chocolate
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