quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Exercício Cívico

 O conhecimento é o resultado de uma crença sólida.

Uma das minhas grande paixões ao longo da vida, sempre foi a comunicação/Jornalismo aliado a causas sociais, porque sou contra as injustiças, razão pela qual procuro fazer ouvir a minha voz nos apontamentos que escrevo em órgãos de comunicação, que já são para cima de 1000, sobre temas de âmbito nacional e internacional, onde penso ser também um exercício de intervenção cívica.
Na análise do que escrevo, existem aqueles que concordam e os que discordam e outros até que escrevem melhor do que eu, porque tiveram formação académica, e uma visão talvez diferente sobre as questões acerca das quais eu escrevo.
O exercício da escrita, dá-me também a capacidade de aprender e olhar os problemas numa perspectiva de valorização pessoal, porque quem como eu, apenas completou o ensino primário aos 14 anos, devido a traumas de infância, e só mais tarde concluiu o 9º ano e o 12º através do programa Novas Oportunidades, poderia ficar de braços cruzados, e não intervir enquanto cidadão, mas o que escrevo é o resultado de não cruzar os braços, e que traduz também a minha aprendizagem ao longo da vida,
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Luis Mateus, Idilia Pereira e a 2 outras pessoas

sábado, 26 de outubro de 2024

 

                                                               Medalhas da Resiliência

Estas medalhas não são prata, ouro, nem bronze, mas são apenas um motivo de orgulho de uma pessoa que em virtude de ter sofrido fratura exposta na perna esquerda.  ter a mesma deformada e ter próteses internas na perna direita, não desiste, desejando ser para outros, uma força inspiradora.

Posso suportar a dor, desde que não me doa, mas se não fizer nada por mim, não serão outros que farão o que só eu poderei fazer.

As medalhas bem como os certificados de participação noutras provas, são o resultado da Corrida das Lezírias, três participações na mini maratona da Ponte Vasco da Gama, três participações  na meia maratona da Ponte 25 de Abril, corrida da Páscoa em Constância, corrida do Benfica, corrida do Tratado de Alcaçovas, três corridas do Porto de Sines, corrida do Lusitano, Évora, 2 corridas de Almeirim, duas corridas das Fogueiras em Peniche, Trail dos Reis, Beja e a Prova do Sal, Alcochete-Samouco, onde senti a cordialidade.

Deus nunca nos dá uma cruz tão grande, que os nossos ombros não possam suportar, e como sou crente em Deus, e independentemente de juízos que possam ser feitos sobre acreditar ou não, o importante é que uma pessoa com convicção, possui a força de 99 que só tem opinião.

Este texto tem o único objetivo de ser uma inspiração para quem quer que o leia, porque pior do que desistir, é ter medo de começar


Lugares na Europa


 

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

                                    Uma prova onde vence quem não se deixa vencer pelas circunstâncias
 

segunda-feira, 29 de julho de 2024


                                                                        Retrospetiva

1978- Eu tinha 15 anos, mas tive a oportunidade de estar como voluntário a bordo do navio Doulos, na Gare Marítima de Alcantara entre os dias 13 de Julho e 2 de Agosto.
1980- estive presente nas atividades da Mocidade para Cristo, entre as quais o Dia Jovem que se realizava no dia 25 de Abril, onde por vezes eram convidados para participar grupos nacionais e estrangeiros, como foi o caso do Grupo Shalom de Barcelona.
1980- a 25 de Dezembro, em conjunto com outros jovens cristãos, partimos em dois autocarros para a cidade de Lausanne na Suiça, como delegação portuguesa, no congresso Missão 80 da Associação Missionária Europeia, onde estiveram presentes 6842 pessoas de mais de 26 países e 11 linguas diferentes.
1984-Participação no coral Cântico Novo da Mocidade para Cristo com tournée por Leiria, Porto, Guimarães, Braga, com um dia de descanso em Viana do Castelo, prosseguindo por Aveiro, Figueira da Foz e Alcobaça. Este coral era dirigido por Dale Chapell (Ex elemento do grupo musical Light Stream da cidade de Fresno California, EUA. o autocarro que nos transportou era da empresa Almeida & Filhos, e era conduzido pelo Sr. Manuel Carvalho.
1984-Conferência de Missões Llamada 84, em Valência-
Espanha.
1984 -Visita ao navio logos, atracado na Gare Maritíma da Rocha Conde de óbidos, em Lisboa.
1985- pela segunda vez o navio Doulos fez escala em três portos portugueses, Porto, Lisboa e Setúbal, onde mais uma vez estive a bordo, partindo como parte daa sua tripulação por portos espanhois e onde estávamos 300 pessoas, oriundos de 35 países diferentes dos cinco continentes.
1985- 28 a 31 de Dezembro Explo 85, conferência via-satélite, do Movimento Estudantil e Profissional para Cristo, que reuniu seiscentas mil pessoas em todo o mundo, tendo em Portugal, decorrido na Aula Magna da reitoria da universidade de Lisboa.
1986 -26 de Dezembro viagem para o congresso Missão 87 que se realizou na cidade de Utrecht-
Holanda.
1987- 8 de Abril viagem da Palavra da Vida para a Inglaterra com 8 dias em Bristol, 1 em Londres, outro em Paris e outro em Barcelona
1988- Abril, Congresso Llamada 88, na cidade de Zaragoza-Espanha.
1989-Congresso Missão 90, da Associação Missionária Europeia, que decorreu na cidade de Utrecht-holanda, evento para o qual partiram de Portugal 12 autocarros da empresa Alpendurada.
1992-Tornei-me amigo da AMI-Assistência Médica Internacional, com um pequeno donativo mensal, através da recolha de bens, organizando eventos solidários como forma de dar a conhecer o trabalho desenvolvido por aqqula organização humanitária, e com a venda de pequenso artigos com o logo da AMI, e cuja receita revertia integraalmente para a AMI.
1998-Participação na primeira equipa de voluntários entre 5 de Maio e 15 de Junho, no Gabinete Central de Acreditações na area internacional norte.
De 1993 a 29-12-2009 conclui com aproveitamento várias ações de formação, tendo terminado em 2004, o 9º ano, através do CRVCC-eentro de reconhecimento e validação de competências, tendo posteriormente frequentado as Novas Oportunidades, que culminaram com a conclusão do 12º ano.
De 2007 a 2019, participei como Service Team no Teen Street, em viagens cansativas, mas onde em conjunto com outros dei o meu melhor para que tudo decorre-se dentro da normalidade.
Desde 2010, tenho participado em Maratonas na vertente caminhada como forma de ser u estímulo para outros, e onde mais importante que as medalhas ou galardões, é a vontade de transmitir que muitas vezes as dificuldades estão na nosssa cabeça.
Desde 2012 que tenho dedicado grande parte do tempo disponível para escrever, tendo já quatro livros publicados, e mais de mil artigos de opinião, publicados em mais de 18 órgãos de comunicação social.
A melhor universidade é aquela em que temos oportunidade de aprender com pessoas que se tornam referência nas nossa vidas e cujos gestos e palavras são como que um alavanca que nos ajuda a vencer obstáculos e contribuem para nos ensinar.
Os eventos em que tive oportunidade de participar, potenciaram o intercâmbio de ideias e aquisição de conhecimento numa constante aprendizagem, sendo referências na minha vida, a Sra. Professora de Ensino Especial, Lurdes Aleixo, O Sr. Feliciano da Silva, o Sr Professor Vitor Chaves, a Família Esteves, o João Beirão e o meu amigo Fernando Faria.
Estas pessoas, cada uma de forma diferente, ensinaram-me que se dermos um peixe a um homem, alimentamo-lo por um dia, mas se o ensinarmos a pescar, alimentamo-lo para o resto da vida.
Um bem haja a todos
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Manuel Sacramento, José Luís Serra Silva e 3 outras pessoas

A Cor Do Dinheiro - Ao Nascer do Dia - 29/97/2024

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Situação Injusta

 

Má Prática Médica

 

A 12 de Maio de 1983, fui atropelado no norte do país, tendo estado internado cerca de dois meses, com fratura nas pernas (uma delas exposta na perna esquerda) e na bacia. Foram-me colocados oito fixadores externos na perna esquerda e teria de ser submetido a uma terceira intervenção cirúrgica que foi sucessivamente adiada, alegadamente por ter a perna infetada, e ter que ficar para último a ser operado para não contaminar o bloco operatório.

Fui questionado sobre se queria ser transferido para Lisboa, uma vez que estava deslocado do seio familiar, tendo sido transferido para o Hospital de Santa Maria, no dia 13 de julho, onde o internamento foi recusado, sendo levado posteriormente para o Hospital de S. José onde igualmente foi recusado o internamento, sendo encaminhado para o seio familiar com o argumento de que não era necessário ser intervencionado e que bastava fazer o penso, tendo nos dias seguintes recorrido a várias unidades hospitalares sem sucesso, até que á publicação de uma reportagem no vespertino Diário Popular a 19/07/1983.

Após dois meses de internamento no Hospital de Santa Maria e uma decisão médica, acabei por não ser operado á perna esquerda porque depois de exame radiológico, embora desalinhada, se verificou uma consolidação da fratura exposta, tendo-me sido retirados os fixadores e externos, e colocado um aparelho gessado tendo alta do Hospital e enviado para casa com consultas semanais, onde após alta das mesmas, nem sequer me foi prescrita fisioterapia.

Oito anos depois, fortes dores na coxa direita, levaram-me a uma consulta de urgência no Hospital Conde do Bracial em Santiago do Cacém onde o clinico de serviço verificou que o osso estava a crescer por cima do ferro e uma eventual cirurgia teria de ocorrer no hospital de Abrantes, tendo a mesma ocorrido a 23-11-91, mas não conseguiram extrair os ferros e mais uma vez foi fraturada a perna, tendo sido transferido para o hospital Conde do Bracial, onde permaneci cinco semanas internado sem uma assistências médica condigna, concluída a mesma, posteriormente no Hospital Ortopédico do Outão.

Anos mais tarde, fortes dores na minha cabeça e na parte direita da minha cara com indícios de paralisia facial, levaram-me ás urgências do Hospital Conde de Bracial, em Santiago do Cacém, onde a consulta me foi recusada, tendo sido encaminhado para o Centro de Saúde de Sines, onde o clinico de serviço, confirmando as suspeitas, me encaminhou para o Hospital de São Bernardo em Setúbal.

Ao longo do ano de 2001, comecei a sentir um nódulo na coxa esquerda e consultei o médico que além de nem ter verificado a situação, não recomendou exames médicos, tendo prescrito apenas uma pomada Picalm, e tendo também me aconselhado a inventar outras doenças. Numa segunda consulta com outro clinico disse-me que o tal nódulo era um lipoma, mas perante o não desaparecimento do mesmo, voltei a consultar um terceiro médico que ao ter prescrito um exame específico, o relatório emitido em 24-04-2002, confirmou as suspeitas de um cancro grave (Leiomiossarcoma), tendo sido encaminhado para o IPO em Lisboa onde fui submetido a uma cirurgia que consistiu numa excisão mais alargada.

A descrição destas quatro situações, configuram má prática médica, em que no caso da transferência do Porto para Lisboa, fui informado posteriormente que a equipa médica que me tratou inicialmente, me enviou para Lisboa para não me amputarem a perna.      

Por minha iniciativa comecei a fazer exercícios físicos de forma autónoma, e a dar os primeiros passos que me permitiram também procurar um trabalho compatível com a minha nova condição física. Apoiado em duas canadianas, andava cerca de dois quilómetros diários para trabalhar num armazém de artigos de papelaria, trabalhei na distribuição, trabalhei na metalúrgica e á cerca de 27 anos, na Segurança Privada, na estrutura portuária de Sines, fazendo turnos de 12 horas.

Uma junta médica atribui-me um grau de incapacidade de 81%, e aos 60 anos de idade, a caminho dos 45 anos de descontos para a Segurança Social, o valor de uma eventual pensão, será de 644:00

Para alguém cuja infância ficou marcada pelo atropelamento por um comboio aos 4 anos de idade, e nos últimos 25 anos se sujeitou a 11 intervenções cirúrgicas, somando a totalidade de 20 intervenções ao longo destes 60 anos, inclusive a um cancro, e nunca esteve de baixa, porque a mesma poderia dificultar o cumprimento de compromissos,  e consegui  articular com os meus colegas para fazerem os dias em que estava de serviço, que posteriormente foram pagos em dias de folga, quando após as intervenções, voltei ao serviço. A ausência do Estado na proteção capaz dos seus cidadãos, é reveladora da atuação do Estado Social, que prefere premiar quem não faz nada com subsídios, do que minimizar as dificuldades de que era suposto ser apoiado por um Estado onde a inclusão é apenas uma palavra sem aplicação prática.

Mediante factos, considero que a constituição da República da 5º revisão, está colocada em causa no capítulo dos Direito e Deveres Socias no artigo 63-nº3 e no artigo 64-3 a    

Quando a classe política, além das pensões a que pode ter direito, acumula subvenções vitalícias porque dizem serviram o país, esquecem-se que o comum dos cidadãos, também serviram o país, pagando impostos para usufruírem de serviços de qualidade, mas o direito aos mesmos, fica muito aquém do que seriam desejável.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       

A Cor Do Dinheiro - Ao Nascer do Dia - 12/06/2024

As bombas calam a voz dos Homens