domingo, 25 de dezembro de 2016

Poemas Soltos ao Vento

Os sonhos são de grande valor quando os colocamos em prática e escrever um livro pode não ser apenas um sonho, mas também a possibilidade de darmos algo a outros

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

domingo, 27 de novembro de 2016

Laranja Maculada

O mar português com o seu crescente movimento marítimo, precisa de estar sob o olhar atento das autoridades nacionais, porque a imaginação do ser humano, principalmente daqueles aos quais se desconhecem as intenções, mas revelam alguma propensão para executarem atos que revelam cobardia e desprezo pela vida, não tem limites.
Sines não é apenas uma cidade que enriquece a
história de um povo, mas é também um porto que é o motor da economia nacional, e cujo mar, no Livro a Laranja Maculada, apresentado no Centro de Artes de Sines, é cenário de um atentado terrorista, não devendo nós subestimar a capacidade de quem não defende valores.
O mar português é por isso um enorme espaço vulnerável, sujeito a todo o tipo de acções que pela sua dimensão, poderão manchar a imagem do pais, pelo que a Laranja Maculada, sendo um livro de ficção, não deixa de ser uma leitura muito útil que nos chama a atenção para a imaginação fértil do ser humano, quer para o bem, quer para o mal, o que no caso da Laranja Maculada, não deixa de ser um alerta para aqueles que muitas vezes descuram a segurança, esquecendo que o arrependimento por nada se fazer nunca é cedo de mais, mas poderá ser tarde de mais.
O livro A Laranja Maculada ou Duas Naus um Cruzador e Duas Fragatas, poderão ser adquiridos à Editora Náutica Nacional, Av. Elias Garcia, n-20,4ºDto,  1000-149 Lisboa ou encomendados pelo telefone 219281377


                                                                                   Américo Lourenço
     

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Recordar a História

A história é feita de encontros e desencontros, mas o que ressalta dos encontros, é que pessoas de bem conseguem criar laços de amizade entre si, e partilharem experiências vividas e factos históricos que acabam por ser um enriquecimento mútuo.
Um navegador, um castelo e um livro com referência a Vasco da Gama, foram os ingredientes que trouxeram a Sines o autor e o editor do livro (Duas Naus, Um Cruzador e Duas Fragatas), que despertaram o interesse de quase três dezenas de pessoas ligadas ao Po
rto de Sines e à própria cidade, no que além de ser um momento enriquecedor com relato de acontecimentos históricos, tornou-se também um agradável  tempo de convívio entre todos os presentes, com destaque para um livro cuja leitura não é apenas um encontro com a história, mas também uma aprendizagem para o leitor.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Proximidade dos votos em lugar da proximidade com os cidadãos









Portugal é um país lindo, mas é pena que as instituições pagas com o dinheiro dos contribuintes, não funcionem, e quando os cidadãos precisam de apoio, sejam encaminhados de um lado para o outro, como se fossem bolas de ping pong, sem que vejam dadas respostas satisfatórias para os seus problemas.
Não é fácil acreditar numa classe politica que diz esperar poder contar os cidadãos, quando deveriam ser estes a poder contar com os políticos, o que não acontece dado que a nossa classe politica só se aproxima dos cidadãos em época de eleições.
Quando os nossos políticos falam em proximidade  entre eles e os cidadãos, mas depois verificamos que as suas atitudes não têm aplicação prática, só podemos chegar à conclusão de que não chega a politica ser uma causa nobre, mas é preciso que as atitudes dos políticos também o sejam

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Serviço Público de Televisão


Serviço Público de Televisão

Felicito a RTP 1, e muito particularmente a Jornalista, Dra. Fátima Campos Ferreira por brindar os telespectadores da televisão pública com os debates das segundas-feiras (Prós & Contras), com a apresentação de temas de relevo que dizem respeito a todos os cidadãos.
Quando a televisão pública produz debates que visam sensibilizar os cidadãos para as questões ambientais entre outras, está a cumprir o serviço público de televisão.
Sem colocar em causa o gosto das pessoas por casos polémicos de determinados Reality Shows
que alimentam as audiências de determinado canal televisivo, estou em crer que apesar de não ser televisão pública, a produção de conteúdos de qualidade poderia ajudar a mudar para melhor, o comportamento de muitos cidadãos, e contribuir para uma sociedade melhor.
Uma sociedade multifacetada como a portuguesa, com gentes, locais, tradições, artefactos históricos e acontecimentos, é uma sociedade com enorme potencial para oferecer programas enriquecedores aos cidadãos.
A luta pelas audiências não pode justificar a existência de programas que não dignificam a imagem de um povo.
Diversificar os conteúdos televisivos, é também contribuir para enriquecer a cultura de um país, mas não é o que acontece, quando o entretenimento coloca em evidência a qualidade de certos programas difundidos por uma determinada televisão privada que não tem a preocupação de apresentar um bom serviço aos cidadãos, mas cujo objectivo é apenas criar meios para atingir fins.



                                                                                         Américo Lourenço

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Formação e Oportunidades

Formação e Oportunidades


Na escola da vida somos confrontados com métodos actualizados de aprendizagem, que são uma mais-valia para o nosso enriquecimento pessoal, mas a verdade é que muitas vezes não chega absorvermos conhecimentos, se depois na vida quotidiana, são poucas ou nenhumas as oportunidades que se abrem no mercado de trabalho, face ao compadrio, e ao facto de sermos um país onde prevalece a cunha, em detrimento do esforço e do saber.
Não deixei até hoje de querer aprender mais, frequentando acções de formação e enriquecendo-me, coleccionando certificados e diplomas com aproveitamento cujo impacto psicológico, não deixa de ser positivo, valorizando-me enquanto pessoa, mas não deixo de sentir que muitas acções de formação que frequentamos, são a prova do nosso querer saber, mas o resultado tornar-se-á nulo, a partir do momento em que as oportunidades de aplicar o que aprendemos é nulo, face á escassez de oportunidades.


                                                                                    Américo Lourenço


segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Retrospectiva

Exposição


Fui vítima de má prática médica por várias vezes, tendo a primeira sido em 1983 quando do hospital de S. João do Porto, fui colocado numa ambulância, rumo ao hospital de Santa Maria em Lisboa, onde foi recusado o meu internamento, só possível oito dias depois devido á intervenção do vespertino Diário Popular, que tendo publicado a história em 1983-07-19, com a recusa deste e outros hospitais ao meu internamento, deu origem a que o Ministro da Saúde, Sr. Maldonado Gonelha confrontado com a notícia ordenasse o meu internamento no hospital de Santa Maria.
Em 1991 a existência de fortes dores na minha coxa direita, levaram-me ao hospital Conde do Bracial, em Santiago do Cacém, cujo clinico Dr. Paiva constatou serem causadas pelas placas metálicas que me tinham sido colocadas oito anos antes, tendo sido encaminhado pelo mesmo clinico, para o hospital de Abrantes, com o argumento de que aquele estabelecimento hospitalar reunia as condições adequadas para fazer a extracção do material de osteo-sintese, em 23-11-1991 pelo Sr. Dr. Carlos Hipólito, mas esta foi uma tentativa falhada, com nova fractura na perna, e transferência duas semanas depois, novamente para o hospital Conde do Bracial, onde permaneci cerca de cinco semanas deitado, e de onde tive alta, procurando outro clinico que me encaminhou para o hospital ortopédico do Outão, onde me foi colocado um aparelho articulado, que me permitiu começar a dar os primeiros passos.
Perante as minhas condições físicas pouco propícias para uma actividade que exigisse maior esforço físico, depois de ter trabalhado na metalúrgica, com bastante dificuldade (Petrogal e Ponte para a Dinamarca), lutei na altura por uma pensão de invalidez, que em 1996 era de 26.000$00, valor este que me obrigou a procurar um trabalho mais compatível com as minhas capacidades, e cujo vencimento em conjunto com a pensão, me ajudariam a colmatar as dificuldades decorrentes da minha situação física.
No ano de 1999, um nódulo na minha perna esquerda, levou-me a consultar o médico de serviço no Centro de Saúde de Sines, Dr. Ferraz cuja observação final foi para inventar outras doenças. Passado um ano e perante a persistência dos sintomas, voltei ao médico, Dr. Oliveira e Silva que não tendo analisado de forma cuidada a situação, diagnosticou-me um lipoma, e só uma terceira consulta depois de terem passado três anos, a Sra. Dra. Fernanda Mendes teve a preocupação de me encaminhar para fazer exames clínicos, que detectaram a existência de um Leiomiossarcoma (Cancro Grave) que originou a que tivesse de ser submetido a duas intervenções cirúrgicas para extracção do mesmo, e uma excisão mais alargada para limpar vestígios, em 24-04-2002 no Hospital Conde de Bracial, e 22-07-2002 no IPO em Lisboa.

Na década de 2000, fortes dores de cabeça, e o lado direito da minha cara preso, levaram-me ao hospital Conde de Bracial, em Santiago do Cacém, onde a assistência médica me foi recusada, tendo sido enviado para o Centro de Saúde de Sines, onde nem sequer existiam meios técnicos, nem humanos, mas onde o clinico de serviço Dr. Carlos Reis, me encaminhou para o Hospital de S. Bernardo, em Setúbal, onde me foi diagnosticada uma paralisia facial.
Em Setembro de 2007, no governo do Sr. Engo. Sócrates, por força de um decreto-lei omisso e mal concebido, o estado retirou-me a pequena pensão, contrariando a Constituição da Republica Portuguesa, no capítulo II correspondente aos Direitos e Deveres Social, artigo 3, nº3.
Na sequência daquilo que considero ser uma injustiça social, apresentei à Assembleia da Republica, uma petição com 3351 assinaturas, tendo sido convocado no âmbito da mesma, para uma audição, numa pretensa Comissão de Trabalho e Segurança Social em Janeiro de 2015, comissão esta composta apenas pelo subscritor e três acompanhantes e apenas uma deputada relatora, tendo o desfecho desta petição acontecido a 27 de Abril numa reunião daquela Comissão, em que a mesma foi aprovada por unanimidade sem que fosse claro se essa unanimidade era positiva ou negativa para mim.
De 2012 a 2015, no início de cada um destes anos, dirigi-me à repartição de finanças de Sines no sentido de saber se estaria isento do pagamento do Imposto Municipal Sobre Imóveis, tendo sido informado vez após vez que não estaria isento, quando na verdade face ao valor patrimonial da minha casa, e aos meus rendimentos anuais, eu estaria isento, considerando por isso que me foi prestado um mau serviço, pelo que no seguimento do mesmo, enviei em 23-08-2016, uma carta ao Sr. Ministro das Finanças, Dr. Mário Centeno, mas não obtive qualquer resposta.
Sou apenas um cidadão português num universo de dez milhões, mas ontem existem certamente outras histórias de vida com contornos semelhantes que teriam de ser olhadas de uma forma mais humana, porque falando por mim e independentemente das minhas dificuldades, nunca deixei de lutar cumprindo os meus deveres sem ter a garantia de ver respeitados os meus direitos.
As minhas dificuldades não são, nem nunca foram razão para cruzar os braços e a prova disso é que em 17 anos, fui submetido a 9 intervenções cirúrgicas, no Hospital de S. Bernardo em Setúbal, no Conde do Bracial em Santiago do Cacém, no Instituo de Oncologia em Lisboa e no Hospital do Litoral Alentejano, e nunca estive de baixa, nunca deixando de trabalhar, procurando adaptar-me, e embora existam limitações físicas, as mesmas até agora não me impediram de fazer turnos, tentando cumprir o meu dever.
Exercendo a actividade de vigilância, venho constatando a existência de diversas ilegalidades praticadas pela entidade empregadora, as quais foram já comunicadas às diversas entidades competentes, mas estas denuncias lesivas do Estado, não originaram uma acção fiscalizadora e penalizadora, o que é razão mais do que suficiente para não acreditar num país onde as entidades pagas com o dinheiro de todos nós, não fiscalizam o cumprimento de regras estabelecidas para salvaguardar os direitos de seres humanos que se esforçam e que dão o melhor de si, mas que em lugar de verem os seus direitos salvaguardados e respeitados, não têm quem os defenda.
Não se exige que o mundo seja perfeito, mas que os seres humanos sejam tratados com respeito e dignidade, o que no meu caso, com um percurso demasiado acidentado em que tendo as autoridades conhecimento do que se passa, e não dando uma resposta satisfatória, ou minimizar os efeitos das dificuldades dos cidadãos, mais não é do que uma enorme falta de vontade politica, e falta de respeito por quem luta, e porque não obstante as dificuldades, não se deixa vencer.
Tenho 53 anos, um atropelamento de comboio logo aos 4 anos de idade, mais de 20 internamentos, 18 intervenções cirúrgicas e  15 dias em coma e perante este percurso onde o Estado esteve ausente, é natural que me sinta descrente na política de um país que não valoriza os cidadãos, e que não cumpre o seu papel.



                                                                              Américo Lourenço     

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Pessoa de Bem

O Estado não é pessoa de bem porque entende que todos os cidadãos estão obrigados a conhecer as leis, o que serve de desculpa para arrecadar impostos injustos quando muitos cidadãos são isentos dos mesmos, o que inviabiliza que esses mesmos cidadãos não sejam ressarcidos dos valores pagos indevidamente. Assim é fácil o Estado enriquecer com as injustiças cometidas para com os cidadãos

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Comissões Parlamentares

De nada servem as comissões parlamentares, a não ser para mandar areia para os olhos das pessoas, quando os deputados que delas fazem parte, não cumprem os seus deveres comparecendo nas mesmas, o que revela a importância que os cidadãos comuns têm para aqueles senhores.

sábado, 22 de outubro de 2016

Imagem de um País Democratico

IMAGEM DO PAÍS DEMOCRÁTICO


Portugal tem pouco mais de 40 anos de democracia, mas esta é uma democracia que está doente, e em que a corrupção facilitada pelo excesso de liberdade, e leis mal elaboradas, mais não têm feito do que levar os cidadãos a desacreditarem na política e nas instituições.
Um dos grandes problemas em Portugal, é que determinadas politicas, não tiveram em conta a dimensão do país, mas a implementação das mesmas, só se explica devido à falta de transparência e aos interesses instalados que têm minado de forma negativa a imagem da sociedade portuguesa.
Enquanto cidadão, não me revejo nesta sociedade nada transparente e onde as políticas sociais privilegiam os cidadãos que mais têm, em detrimento daqueles que menos têm, elevando os níveis de pobreza, que alimenta a existência de entidades de ajuda aos cidadãos mais carenciados.
Esta é a realidade de um país pobre em princípios, e onde os políticos têm falta de uma visão mais abrangente sobre uma realidade que tem sido difícil contornar face a hábitos que se foram enraizando, e onde são muitos os cidadãos que ao longo dos anos foram adquirindo direitos, sem cumprirem deveres.
Quando vejo atropelados os meus direitos, mas não deixo de continuar a cumprir os meus deveres, e vejo todos os quadrantes políticos, sem nenhuma vontade de alterar um decreto-lei potenciador de injustiças sociais, fico sem vontade de participar em qualquer ato eleitoral. Não vou perder tempo a resolver o problema de uma classe politica medíocre, cujas preocupações só mais evidentes na hora de serem eleitos.

                                                                                              Américo Lourenço

 

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Extensão da plataforma continental

Transporte de Animais

Carga Geral
Carvoeiro
Gás Natural
Porta Contentores
Petroleiro
PORTO DE SINES
A extensão da plataforma continental pode ser uma enorme conquista para Portugal, mas importa também dotar o país de uma frota de navios que nos ajudem a tirar partido deste enorme potencial marítimo de que dispomos e que vai para além das  200 milhas.
Não conseguimos criar riqueza que sustente a economia portuguesa, se depois esbanjamos a mesma no pagamento de fretes ao exterior, podendo nós dispor de uma frota de navios que podem minimizar a nossa dependência do exterior pelo que o nosso potencial tem de ser conjugado sob diversos factores com a rentabilidade, o custo e o benefício.
As diversas valências de um porto de águas profundas como o de Sines, quem tem capacidade para receber em simultâneo entre 14 e 15 navios das mais variadas cargas e dimensões, são apenas uma das muitas características marítimas de um Portugal que caminha para os 9 séculos de história, mas onde se afigura como urgente uma mudança de estratégia para que possamos usufruir deste imenso mar.
É apenas uma questão de prioridades, sabendo que o nosso mar é uma alavanca para a economia do país, onde é importante a definição de uma estratégia que faça a interligação entre o transporte marítimo e o terrestre, analisando os prós e os contras, podemos concluir que o alargamento da plataforma continental, as estruturas marítimas de que Portugal dispõe, em coordenação com o transporte terrestre, rapidamente se pode chegar à conclusão que será um beneficio que se estende no tempo, estando apenas dependente de decisões politicas que travam a concretização das prioridades do país.

domingo, 25 de setembro de 2016

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Alusão ao Livro Entardecer

Entardecer


         Não é o que recebemos mas o que damos que revela o valor da vida que vivemos... é com estas palavras de dedicatória que o autor de “Entardecer”, publicado em Fevº 2012, acaba de oferecer à Revista de Marinha, na pessoa do seu diretor, esta pequena obra, genuina e despretensiosa, que merece ser conhecida e  lida por muitos.
         Ao ser-me pedida uma recensão, não posso deixar de dizer com toda a sinceridade e emoção, que este pequeno livro, certamente merecedor de uma revisão cuidada, não pretende concorrer a nenhum prémio literário, mas oferece, com toda a simplicidade, o retrato inspirador de um homem, autodidata, lutador e heróico sobrevivente de uma vida que se revelou adversa desde tenra infância.
         Na verdade, com uma bonita e sugestiva capa de um jovem que se faz ao mar, levando um barco pela mão, este livro oferece-nos através de um personagem de seu nome Manuel, um retrato auto-biografico de Américo da Silva Lourenço, que aos 48 anos olha para trás e resolve passar ao papel factos reais, dolorosas recordações, mas também uma mensagem de gratidão a todos quantos o ajudaram até aqui, na esperança de poder ajudar outros leitores mais bafejados pela sorte, ou talvez com dificuldades semelhantes e sem esperança.
         Ao longo de toda a sua vida tem procurado sobreviver, quase de forma sobrehumana, aos múltiplos traumas físicos e psicológicos que o marcaram desde a infância. Nascido “sem berço” numa família disfuncional, sem carinho familiar e sob grande violência verbal e física, agravada pelo alcoolismo do pai, com profunda carência das mais elementares condições materiais,  para cúmulo de infortúnio, foi vítima de acidentes gravíssimos e dolorosos : atropelamento por um comboio aos 4 anos, a que se seguiram mais dois atropelamentos por automóvel alguns anos mais tarde; na verdade, estes acidentes foram fruto da negligência tão habitual em famílias que vivem em grande pobreza e onde por vezes, como foi o caso, é a mãe quem sai de casa cedo e regressa bem tarde para sustentar as bocas de todos. Como é possível imaginar, parte da sua vida tem sido passada em camas de hospital, ao ritmo das várias dezenas de dolorosas operações e tratamentos a que teve de se sujeitar, somando horas sem fim, semanas e meses de intensa solidão, sofrimento e desamor...
         Como foi possível sobreviver e ser hoje um profissional de segurança no Porto de Sines?
         É essa a parte mais bonita e comovente desta pequena - grande obra!
Américo Lourenço quer dar-nos a conhecer as suas âncoras de salvação : os transeuntes que foi conhecendo e os amigos que foi fazendo e que o protegeram, vestiram, alimentaram e socorreram em momentos mais trágicos ( entre os quais professores que o acompanharam nos primeiros anos de dificuldades escolares); os “missionários” da Igreja Evangélica que lhe ofereceram mensagens de esperança, o convidaram e o levaram a uma igreja, alimentando o corpo e a alma com alimento material e espiritual, e mais tarde lhe deram casa digna e trabalho; e por fim, o próprio navio missionário ( da Igreja Evangélica alemã)  - a maior biblioteca ambulante, de seu nome DOULOS (palavra grega que significa aquele que serve), onde pôde embarcar como voluntário e tripulante por duas vezes e onde descobriu a paixão pelo Mar e atividades marítimas ... a partir dos seus 15 anos.
         Américo Lourenço é um homem bom, corajoso e sensível – como o revela a sua poesia e os amigos aqui testemunham! - com um sorriso quase de criança, sempre desejoso de aprender mais e ajudar os outros. Podia ser um revoltado, um delinquente, um sem-abrigo, mais uma vítima caída na berma lamacenta da estrada da vida, como tantos outros nascidos em  melhores condições. Graças a Deus assim não aconteceu, e por isso merece ser lido, conhecido e admirado.  Como ele diz na introdução: Entardecer é uma alusão às coisas boas, que demasiado tarde aconteceram na minha vida  e  mais adiante ... escrever um livro (...) é também a oportunidade que tenho de dar um pouco de mim a outros(...). Obrigada, Américo Lourenço! Felicidades!
         Um agradecimento também à Chiado Editora por querer dar oportunidade aos mais simples dos “escritores”, ao afirmar que ... um livro é um encontro entre duas pessoas através da palavra escrita e dizendo-nos em letra pequenina logo no início ... o nosso desafio é merecer que este livro faça parte da sua vida. Ele acaba de se tornar parte da minha! Muito obrigada.
         O livro encontra-se à venda....tem o custo de....Para mais informações, contactar....


                                                                                    F.F.


(4578)

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Por Novos Mares

No âmbito do evento(Por Novos Mares), organizado pela Sinestecnopolo em parceria com a Administração do Porto de Sines, tive no dia 9 de Julho, a possibilidade de embarcar no navio de investigação (Diplodus), do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, e conhecer um pouco do fundo mar, na área do Porto de Sines. 
Esta embarcação tem capacidade para a montagem de diversos equipamentos científicos para estudar o fundo marinho. Nesta demonstração estava montada a bombordo da embarcação, uma ecosonda multifeixe (composta por um emissor, um receptor, e um sensor de velocidade de propagação do som na agua), que possibilitava visualizar em tempo real, num monitor instalado no interior do navio, o fundo marinho.
Este equipamento permite aos investigadores, terem uma noção precisa (Centrimétrica) do fundo do mar, na área em que estão a navegar, e a gravação dos dados para estudo posterior do fundo marinho. 

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Encorajamento para outros

Aos 4 anos de idade, um atropelamento por um comboio, aos 19 anos um atropelamento por um carro e um camião, 21 internamentos hospitalares, 17 intervenções cirúrgicas,dois cancros e mobilidade condicionada na sequência de fracturas e próteses internas.
Corridas: Ponte 25 de Abril, Vasco da Gama, Almeirim, Constância, Corrida das Fogueiras-Peniche, Corrida do Tejo e Corrida do Benfica. 
A tua atitude é muito mais importante do que a tua capacidade

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Dimensão de Sines


Contentores com carga variada, carvão, petróleo, gás, gás natural liquefeito, ureia, abastecimento de combustível

Países: Nigéria Turquia,Noruega, Inglaterra, Alemanha, Portugal-Aveiro,Lisboa, Setúbal e Praia da Vitória

Navios: MSC Anya, construido em 2005, capacidade 5043 Teus, Agente MSC Portugal, Katyayni, capacidade 5711 Teus, ano de construção 1996, Thasos, capacidade 2452, Grena Knutsen, Imera, Sigas Margarete, Arklow Freedom, Guanarteme, Madeiro, yue Shan-Construído em 2009, boca de Sinal 45, um porte bruto 177,799, LNG Rivers, ano de construção 2002, comprimento 288,75, Bahia Três-Navio de cabotagem.
Foram 12 os navios atracados no porto de Sines que originam as trocas comerciais em que abastecem o país, mas o país também abastece outros mercados, o que dá uma ideia das potencialidades e da dimensão deste porto de águas profundas
A titulo de curiosidade a descrição acima são nomes e características dos navios de carvão, de petróleo, de contentores, de Ureia, de gás, e Gás natural.
Uma pessoa com convicção, possui a força de 99 que só têm opinião

terça-feira, 24 de maio de 2016

Informação

A Associação Intervir sediada no Concelho de Santiago do Cacém, em Santo André, foi uma das entidades presentes na sessão de apresentação do meu livro Entardecer no dia 21 de Maio de 2016 pelas 15.30

Percurso de Vida